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"Só com trabalho se consegue alguma coisa na vida"

JAIME TOMAZ DE AQUINO

1924

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2015

Legado de Jaime Aquino

Este site foi criado em memória de Jaime Tomaz de Aquino.

Story

CENTENARIO DE JAIME TOMAZ DE AQUINO

O REI DO CAJU

No dia 26 de março de 2024, se estivesse entre nós, o industrial cearense Jaime Tomaz de Aquino teria completado 100 anos.


Nasceu em Jaguaribe, no dia 26 de março de 1924, no distrito de Saco dos Frades, atual Aquinópoles, filho da sertaneja Maria Rufino de Aquino e do agricultor Manoel Rufino de Aquino, e teve nove irmãos.


Casou-se no dia 12 de setembro de 1963, com Maria Ailame Magalhães Carneiro, companheira incansável que lhe deu todo suporte para alcançar seus sonhos.


Jaime Aquino era um homem à frente do seu tempo e, superando adversidades, transformou o seu amor pelo caju em uma luta de vida e devotou a maior parte de sua vida ao investimento na cajucultura, destacando-se pelo empreendedorismo social.

Órfão aos 15 anos, com o apoio dos irmãos e do vigário Dom José Terceiro de Sousa, estudou e alistou-se ao Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Após 4 anos de serviços à pátria, viu a oportunidade de ser mascate e caminhoneiro.


Nesse período descobriu que levar castanhas de caju do Ceará para São Paulo poderia ser um bom negócio. Então, começou a vender sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates. 


Com o crescimento da clientela, surgiu a ideia da instalação de uma indústria de beneficiamento de castanha de caju, fundando o Grupo Cione, em 1962.


Em sua extensa trajetória, o grupo constituiu 9 empresas no Brasil e no exterior, mantendo uma média de 3.500 funcionários fixos, que durante a colheita esse número crescia para quase 6.000 empregos diretos. Tudo isso para dar conta da produção das suas fazendas, em especial: Fazenda Uruanan, Fazenda Pimenteira, Fazenda Jacaju, Fazenda JK I, Fazenda JK II, Fazenda Santos Dumont e Fazenda Tronco do Ipê, no Ceará; bem como Fazenda Planalto, Fazenda Alvorada, Fazenda Esplanada, Fazenda Serra Nova e Fazenda São Vicente, no Piauí.


Em busca de seu sonho e com o “caju no coração e na mente”, tornou-se o maior investidor e produtor individual de caju no mundo, o que lhe rendeu a fama de “Rei do Caju”.


Costumava dizer que “nenhuma fruta é mais bela e gostosa do que o caju, dela nada se perde, tudo se aproveita”.


Renovou o ideal de empreendedorismo com responsabilidade social e as suas fazendas tinham estrutura de cidades, voltadas ao bem-estar de todos os funcionários que lá residiam em moradias com instalações elétricas e sanitárias, creche, escola, igreja católica, templo evangélico, mercado, ambulatório, assistência médica e odontológica, entre outros, tudo com o custo arcado pelo empresário. Um dos seus maiores orgulhos era a creche Maria Ailame Carneiro de Aquino, que foi mantida no prédio anexo ao Grupo Cione.


Desde o final da década de 80 tinha projetos de acabar com a fome no país evitando o desperdício da polpa do caju. Levantou essa bandeira para a inclusão do caju no Programa Fome Zero, em 2003, e levou comitivas em viagem pelo mundo para divulgar o caju e o seu extraordinário potencial.  


Promovia muitas recepções na sede da Cione para divulgar o aproveitamento do caju, com cardápio variado de pratos com a polpa da fruta, que iam de pastel, pizza, hamburguer, rocambole, moqueca, até os sofisticados risotos e estrogonofe, entre outros.


Era um admirador entusiasmado de Juscelino Kubistchek, Santos Dumont e Tancredo Neves, tendo promovido belas homenagens no Estado do Ceará enaltecendo pessoas ilustres da história do nosso país.

Ao longo de sua jornada, o empresário recebeu inúmeros prêmios, medalhas e homenagens dentre elas: a Sereia de Ouro, em 1980; a Medalha da Abolição, em 1987; Medalha do Mérito Industrial, em 1999; a Medalha e Diploma da Ordem do Mérito Militar, em 2002; o Troféu Soja de Ouro Honorífico, em Barreiras (BA), em 2002, Troféu Carnaúba, em 2003; e a Medalha Celso Nunes Mérito Rotário Distrital, em 2004.


Infelizmente, Jaime Aquino não está mais entre nós, faleceu em 16 de abril de 2015, mas no seu centenário deve ser homenageado pela história de superação e empreendedorismo no Estado do Ceará. 


Sua luta pelo desenvolvimento da cajucultura deve continuar e ser abraçada por todos os seus admiradores.

JAIME AQUINO ALBUM

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